segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mais confusão e pancadaria entre torcidas pelo Brasil


Dessa vez, a violência não foi na capital paulista e sim no interior gaúcho e em Goiânia.

No Rio Grande do Sul a confusão foi dentro de campo, envolvendo as torcidas de Grêmio e Pelotas. Isso mesmo, não foi a do Inter e sim a do Pelotas, em jogo na cidade homônima. Após o apito final do árbitro, dois torcedores do time local invadiram o gramado e começaram a provocar a torcida tricolor. Em seguida, 6 gremistas invadiram o campo e começaram a briga. Todos os 8 invasores foram presos. Antes da partida, torcedores do Grêmio já haviam brigado entre si e um torcedor foi parar no hospital com afundamento do crânio.



E se você acha que as brigas em São Paulo estão fazendo muitas vítimas fatais (um corintiano em agosto do ano passado e dois palmeirenses na semana passada) espere para conhecer a realidade em Goiânia. Ontem, as torcidas de maior rivalidade do estado, Goiás e Vila Nova, se confrontaram na cidade e o resultado foi a morte do jovem torcedor do Goiás Diego Rodrigo de apenas 22 anos, que ao ver que a torcida rival estava armada, tentou correr e fugir, mas não conseguiu. Essa foi a 9ª morte envolvendo as duas torcidas em apenas 10 meses. Uma média de um assassinato a cada 37 dias. E o jogo entre as equipes será no próximo final de semana. Imagine a guerra que vai ser. 

O futebol no Brasil está tomando rumos cada vez mais perigosos. Enquanto o poder público continuar se preocupando em proibir cerveja, clássicos com torcida única, entre outras bobagens que ao invés de ajudar o torcedor de verdade acaba mudando o foco do que precisa ser feito, isso vai continuar desse jeito. Aqui, em Minas Gerais, os marginais que mataram um torcedor em frente ao Pátio Savassi estão indo a juri popular. Se está comprovado que membros da diretoria da maior organizada do Atlético Mineiro estão envolvidos no crime, por que não fecham logo a organizada? Tem coisas que eu não consigo entender. E o pior disso tudo é ouvir dirigente populista dando entrevista em rádio comprada repudiando as ações das torcidas organizadas, enquanto são eles, dirigentes, na maioria das vezes, que financiam essas torcidas. Que fique claro que não somos contra as organizadas. A gente até as apóia. Sem elas, o show da torcida nos jogos não seriam os mesmos. Mas muitas delas já deixaram de ter como papel principal organizar o espetáculo dentro de campo e passaram a ser verdadeiras organizações criminosas. 

E as finais dos estaduais ainda nem chegaram. Infelizmente, muita morte ainda está por vir.  

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